“As discussões deste ano no colégio têm como tema a qualidade de vida. Nos últimos dias, inclusive, temos visto um grande debate sobre a Serra do Japi. Por isso resolvemos trazer o deputado Pedro Bigardi para explicar aos alunos, inclusive, o que é o projeto de lei de criação do Parque Estadual Serra do Japi”, explicou o professor José Renato Polli, diretor do Paulo Freire.
“O diagnóstico ambiental mais atualizado do Estado se chama Programa Biota/Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Foi um trabalho feito durante 18 meses por 160 pesquisadores que chegaram à conclusão de quais as áreas prioritárias para preservação no Estado. E a Serra do Japi é a prioridade número 1 na opinião de todos estes estudiosos”, comentou o deputado.
Bigardi também comentou sobre o Plano de Manejo da Reserva Biológica, contratado pela Prefeitura de Jundiaí. “Ele aponta riscos como a pressão pela urbanização, crescimento dos bairros existentes, desmatamento, usos e atividades de lazer. Além disso, conclui que é necessária a transformação da serra em uma unidade de conservação integral, exatamente o que pedimos no projeto de lei apresentado na Assembleia Legislativa”, ressaltou.
A iniciativa de Bigardi apresentada em 2009 passou por cinco audiências públicas (duas em Jundiaí, uma em Cajamar, Pirapora do Bom Jesus e Cabreúva), foi considerada legal e constitucional, além de ter sido aprovada por todas as comissões da Assembleia.
Envolvimento da população pode ajudar a salvar a reserva
Após a palestra, Bigardi respondeu perguntas feitas pelos estudantes. Uma delas questionou o que os cidadãos podem fazer para ajudar na proteção da Serra do Japi. “As pessoas devem participar das audiências públicas e discussões acerca do tema, principalmente para estar sempre informado sobre o que realmente acontece na Serra”, destacou o parlamentar.
Os estudantes também quiseram saber de Bigardi qual a opinião a respeito das atuais leis ambientais que protegem a Serra do Japi. “A lei 417 é boa, mas poderia avançar mais. Ela precisa de uma atualização. De maneira geral, a legislação ajudou e muito até agora, mas é insuficiente devido à forte pressão urbana”.
A morte da onça Anhanguera após um novo atropelamento foi retratada pelo deputado Bigardi como um forte indício de que a especulação imobiliária está alterando diretamente a vida selvagem na Serra do Japi. “Agora, temos ainda mais este animal como um símbolo da luta pela preservação máxima de todo o ecossistema existente em nossa região”, lembrou Bigardi.
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