Um possível esquema de perseguição política maldosa e rasteira será investigado pelo Ministério Público de São Paulo. A vítima, o deputado estadual Pedro Bigardi, protocolou nesta segunda-feira (7) um pedido de apuração junto ao Procurador-Geral de Justiça do Estado, Fernando Grella Vieira. O pivô desta suposta armação é o jornalista Anselmo Boaventura Brombal, que afirma em uma gravação de vídeo ter sido pago para “fazer maldades” contra o então candidato a deputado.
“Na gravação de mais de duas horas, ele fala de um material que fez em 2010, na campanha (para deputado estadual), a pedido do ‘pessoal de lá’, somente para me prejudicar. Desde julho deste ano, este cidadão faz circular um jornal que tem me atacado sistematicamente com denúncias vazias, sem qualquer tipo de prova”, destacou Bigardi. “Como o jornalista faz citações a pessoas e grupos políticos da cidade, além de chegar a pedir dinheiro para parar com os ataques, resolvemos acionar o Ministério Público.”
http://www.youtube.com/watch?v=JLBn8nEpDus
Na sessão da Assembleia desta terça-feira (8), os deputados Enio Tatto (líder da bancada do PT, formada por 24 parlamentares) e João Paulo Rillo (bancada da Minoria) se solidarizaram com Bigardi e criticaram a postura adotada pelo jornalista e também por grupos políticos de Jundiaí em atacar covardemente o parlamentar jundiaiense (veja texto abaixo).
Trechos do vídeo em que Brombal conta como procedeu de maneira maldosa para atingir a honra do deputado e outros documentos entregues ao Ministério Público foram apresentados à imprensa local, no final da tarde de segunda-feira, no escritório político regional de Bigardi, em Jundiaí. “Nós poderíamos ter entrado com uma queixa-crime, mas faço questão que o Ministério Público avalie tudo e possa nos dar um parecer a respeito disso”, comentou.
Brombal explica em detalhes como foi feita a ‘encomenda’
Anselmo Brombal já trabalhou como chefe de reportagem em um jornal da cidade, além de ter sido nomeado cargo de confiança do prefeito tucano Miguel Haddad. Recentemente, ele havia sido contratado como assessor parlamentar do vereador Gustavo Martinelli (PSDB).
Com um sorriso sarcástico, Anselmo Brombal contou em detalhes como produziu as “maldades” num jornal de bairro que ele assina. E se vangloriou de ter conseguido uma proeza que muita gente tentou, mas não obteve sucesso. “... tenho um monte de gente pensando faz dez dias e não consegue (citando a fala do interlocutor)! Falei: ‘Falta cabeça’. Na hora eu fiz o título: ‘Justiça de olho... Ficha Suja... Em São Paulo, TRE
cassa Bigardi’. Eu misturei assim...”.
Mais ataques
Neste ano, depois de não conseguir dinheiro do deputado para “cessar fogo”, Brombal voltou à carga com outro jornal. Ainda mais maldoso e apelativo, ele tenta a todo custo confundir a opinião pública com referências a denúncias que sequer tem ligação com Bigardi. “Não dá para suportar alguém que faz acusações infundadas e só aparece para me atacar. Isso afronta o jornalismo sério e denigre a imagem de Jundiaí e região, que confiou a mim quase 70 mil votos na vitoriosa eleição passada”, lembrou o deputado.
Líderes da Alesp se solidarizam com Bigardi
Duas das principais lideranças da Assembleia Legislativa se manifestaram de maneira solidária aos maldosos ataques sofridos pelo deputado Pedro Bigardi. Para Enio Tatto, líder da bancada do PT (formada por 24 parlamentares), existe um motivo claro para que este tipo de ação aconteça.
“Pelo seu caráter, sua história de vida, pelo trabalho na cidade, na região e em todo o Estado de São Paulo, o senhor é um candidato forte para as eleições do ano que vem. E é isso que estes acusadores temem. Quero deixar registrado que toda a bancada do PT se solidariza com Vossa Excelência”, analisou Enio Tatto.
João Paulo Rillo, líder da Minoria, fez questão de subir à Tribuna com alguns dos jornais maldosos. “Você lê a manchete e a foto que falam de denúncias, de corrupção, mas quando olha o texto dentro do jornal não há nada em relação ao deputado Bigardi. A tentativa é unicamente de macular a imagem dele.”
Rillo classificou o ataque proporcionado por Anselmo Brombal como “cruel, facista e antidemocrático” e pediu que se busque a real democratização dos meios de comunicação no Brasil. “Quando se fala neste tema, alguns citam que é censura à imprensa. O que se pede é a regulamentação de um Conselho Federal de Jornalismo, como existe em outras profissões. Pois hoje quem protege a sociedade do mau jornalismo? Quem protege o deputado Pedro Bigardi destes ataques maldosos? Tem que entrar (com processo) na Justiça comum e aí já foi: a imagem já foi arranhada. É uma estratégia baixa e suja.”
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