Deputado Bigardi protocola requerimento de informações sobre VLT na Aglomeração Urbana

Bigardi coordena a Frente Parlamentar de Logística da Assembleia Legislativa 

As ações de propaganda

desencadeadas pela Prefeitura de Jundiaí propondo a implantação de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em parceria com o Governo do Estado e a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) transformaram-se num requerimento de informações protocolado pelo deputado Pedro Bigardi, nesta terça-feira (3), na Assembleia Legislativa.

Coordenador da Frente Parlamentar de Loigística (Frenlog), Bigardi questiona o governo estadual sobre o anúncio por parte da Prefeitura de um “protocolo de intenções” com a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos e a CPTM para “elaboração de um levantamento para implantação de metrô leve ou veículo leve sobre trilhos”, conforme anúncio feito semana passada pelo poder público local.

Ainda de acordo com o anúncio, o traçado do VLT interligaria os municípios de Campo Limpo Paulista, Várzea Paulista e Jundiaí, que integram a recém-criada Aglomeração Urbana.

“Queremos saber se há mesmo um protocolo de intenções entre algum destes municípios com o Estado, se já existe projeto básico, traçado definido, os custos para implantação e operação do sistema e quem vai arcar com eles. É preciso saber ainda se haverá licitação, uma vez que a empresa Alstom já está expondo um protótipo no Centro de Jundiaí”, destacou Bigardi.

Segundo o deputado jundiaiense, o Governo do Estado também precisa explicar se há estudos para a viabilidade de outros sistemas de transporte, como o BRT (sigla em inglês que significa ‘Trânsito Rápido de Ônibus’) e ciclovias. “É preciso saber se este estudo contemplará a interligação destes modais, por que senão não faz o menor sentido trazer o VLT para a Aglomeração Urbana de Jundiaí. É como começar a construir uma casa pelo telhado”, exemplificou Bigardi.

Responsabilidade

Na tribuna da Assembleia, nesta terça-feira, o deputado Pedro Bigardi ressaltou a iniciativa de lutar por melhorias para Jundiaí e região.

“Aprovamos a Aglomeração Urbana de Jundiaí nesta Casa e temos a responsabilidade de acompanhar tudo o que se passa em relação a ela. O que nos preocupa nesta questão é justamente o fato de esta possibilidade de instalação do VLT sequer ter sido discutida com a população jundiaiense e os municípios vizinhos. Pelo que sabemos, o investimento para tal obra é altíssimo e se não houver apontamentos que indiquem a real necessidade dele, podemos jogar dinheiro público pelo ralo”, completou.

Em Curitiba, BRT se mostrou tão eficiente que foi propagado

para o mundo todo.

Bigardi salientou ainda conhecer o sistema de transporte público de Curitiba (PR), que é baseado nos corredores exclusivos de ônibus articulados (BRT). O maior defensor deste modal é o arquiteto e urbanista Jaime Lerner, ex-governador do Paraná que deu início ao BRT naquele Estado em 1965.

“Os sistemas de ônibus rápido já existem em mais de 130 cidades do mundo todo. No Brasil, já é aplicado em 25 municípios e transporta 7 milhões de passageiros por dia. É muito mais barato que o VLT e tem uma capacidade de transporte semelhante aos sistemas europeus”, destacou.


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