Para Bigardi, a Educação é primordial para a valorização do ser humano |
De acordo com Bigardi, os professores da escolas que, a partir deste ano, atuam em período integral estão tendo dificuldades. “Eles estão tendo de se virar para entreter os alunos e até histórias infantis contaram às crianças para preencher o tempo. Não há, também, definição de quem dará as aulas de música, teatro e dança estipuladas na grade”, afirmou o deputado, num dos trechos.
Eleito com quase 70 mil votos nas eleições do ano passado, o parlamentar (que também é professor) cobrou uma posição da Prefeitura de Jundiaí em relação ao problema. “Em Jundiaí, onde a Administração Municipal insiste em não admitir a existência dos analfabetos funcionais, precisamos mais do que marketing político para nossas crianças.”
As aulas na rede municipal de ensino tiveram início no dia 7 de fevereiro. Nas escolas integrais, os alunos deveriam entrar às 7h30 e sair as 16 horas. Na primeira semana, contudo, estudantes deixaram as classes às 11h30, sob alegação de “adaptação” ao novo sistema. Nesta segunda-feira (14), de acordo com denúncias de pais, os alunos tiveram horário normal, mas as aulas foram prejudicadas devido à falta de professores estipulados na grade disciplinar da Secretaria Municipal de Educação.
Leia, na íntegra, o artigo assinado pelo deputado:
Nota 10 só para os professores
- por Pedro Bigardi, engenheiro civil, professor de Planejamento Ambiental e deputado estadual
O tão propagado programa ‘Escola Nota 10’ que a Prefeitura de Jundiaí anunciou para a rede pública de ensino começou a ser colocado em prática segunda-feira (7) e já merece um puxão de orelhas. A iniciativa é das melhores possíveis, já que algumas escolas passaram a ter ensino em período integral. Além disso, o poder público resolveu distribuir materiais escolares aos alunos – ideia que constava em nosso plano de governo nas eleições para prefeito, em 2008.
Acontece que mal as aulas começaram e os pais de alunos já estão preocupados com a situação. Faltam professores nas escolas de período integral e o material escolar ainda não chegou – embora a Prefeitura já tenha comunicado a iniciativa aos pais, por meio de uma pomposa carta. Pelo volume de dinheiro destinado à Secretaria Municipal de Educação, a atitude tomada somente este ano deveria acontecer há muito tempo.
Nas reclamações que recebemos, os pais de alunos afirmam que a justificativa à falta de professores se deve à desistência de alguns profissionais – que não teriam concordado trabalhar 40 horas semanais. E que, por isso, as vagas demorarão pelo menos 15 dias para serem preenchidas. Quanto à falta do material escolar, nenhuma justificativa foi dada.
No primeiro dia de aula, de acordo com os pais, os professores que atuam em período integral (esses, sim, merecem nota 10) tiveram de se virar para entreter os alunos – até histórias infantis eles contaram às crianças para preencher o tempo. Não há, também, definição de quem dará as aulas de música, teatro e dança estipuladas na grade. Já se passou uma semana e a situação é a mesma.
A Educação é primordial para a valorização do ser humano e também para garantir-lhe um futuro. Em março do ano passado, estivemos na manifestação dos professores estaduais, realizada em São Paulo, justamente por apoiar as reivindicações destes profissionais e exigir que o Governo do Estado dialogue com a categoria.
Em Jundiaí, onde a Administração Municipal não admite a existência dos analfabetos funcionais, precisamos mais do que marketing político para nossas crianças. Continuaremos o trabalho de fiscalização para o bem da população jundiaiense e esperamos que a Prefeitura resolva imediatamente esta situação. Senão, todos nós seremos reprovados nesta matéria e o preço será pago lá na frente.
Um comentário:
Bigardi 1 x 0 Miguel!
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