Condutores de vans de Jundiaí e região procuraram o deputado estadual Pedro Bigardi, nesta quarta-feira (21), para reclamar da falta de critério na fiscalização realizada pela Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo). A reunião aconteceu no escritório político regional de Bigardi, em Jundiaí.
Uma grande manifestação dos profissionais está sendo preparada para a próxima sexta-feira (23), em frente ao Palácio dos Bandeirantes.
De acordo com os transportadores, desde o início deste mês os fiscais da agência estariam multando os motoristas que fazem viagens fora dos respectivos municípios de origem. “Todos têm empresa regularizada, documentação e cumprem as exigências da Artesp. Não há motivo para essa perseguição”, explicou César Saldanha, dono de van e associado do Sindicato das Empresas de Transporte, Locação e Fretamento do Estado de São Paulo.
Para o deputado Bigardi, é preciso corrigir o problema de interpretação da legislação que trata deste tipo de transporte. “Não faz sentido proibir este tipo de serviço, que é bastante usado por pessoas que desejam se locomover até locais de eventos, shows e atividades nas mais diversas regiões do Estado”, destacou.
Após o encontro com os condutores, o deputado fez contato com o Governo do Estado. “Já solicitei uma audiência com urgência para tratarmos deste assunto”, lembrou.
Além disso, um grande protesto está sendo organizado pela categoria. “Está programada para a próxima sexta-feira (23), às 14 horas, a saída de vans de todo o Estado com destino ao Palácio dos Bandeirantes. O movimento é encabeçado pelo sindicato e sairá das cidades de Santos e Sorocaba com destino à Capital. Nós também participaremos”, explicou Saldanha.
No final de novembro, pelo menos 100 transportadores fizeram um protesto em Sorocaba. A carreata serviu como alerta ao problema que a categoria vive. Em Santos, motoristas de vans também realizaram uma manifestação.
Multa e apreensão
Segundo o sindicato, que tem sede em Santos e Sorocaba, existe uma autorização de locomoção dentro do Estado mas, sem nenhum aviso prévio ou mesmo explicação, desde o dia 1º de dezembro os fiscais têm aplicado multa de R$ 850,00, além de apreender a documentação do veículo.
“No documento expedido pelo Departamento de Trânsito, nossos veículos são definidos como micro-ônibus. Isto nos garante o transporte intermunicipal sem qualquer tipo de problema, porém, não é reconhecido pela Artesp”, comentou Saldanha.
Apesar do aumento na procura pelo serviço por conta das festas de final de ano, os profissionais afirmaram ter medo de deixar a cidade para realizar as viagens.